Aos amigos que vez ou outra acessam o blog:

As notícias, mensagens, fotos e vídeos vinculadas no blog, são exclusivamente para entretenimento, relacionamento, cultura, informação e no mínimo fazer mais amigos , reavivar histórias e melhorar e reativar nossos contatos e convívio.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fim da patente do Viagra


28/04/2010 - 16h11
Patente do Viagra termina em junho, decide STJ
Da Redação - UOL Notícias

O fim da patente do Viagra fará com que o tratamento contra disfunção erétil fique mais barato

Atualizada às 17h16


Por cinco votos a um, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu nesta quarta-feira (28) que a patente do Viagra (sildenafil) termina em junho deste ano. O remédio, que virou sinônimo de tratamento contra disfunção erétil, hoje constitui o segundo produto dessa categoria mais vendido no Brasil, perdendo apenas para o Cialis (tadalafil). Com a decisão, o princípio ativo poderá ser produzido como genérico por outros laboratórios, o que fará com que o tratamento fique mais barato.

O julgamento havia sido interrompido em março devido a um pedido de vista do ministro Luis Felipe Salomão. O placar, na ocasião, era de três votos favoráveis e nenhum contrário ao fim da patente.

O caso estava na Justiça porque a Pfizer, o laboratório fabricante, alegava que o prazo de vigência devia ser prorrogado até 7 de junho de 2011. Mas os ministros decidiram acatar a decisão do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), que defendia a quebra da patente este ano.

O primeiro depósito do Viagra ocorreu em 1990, no Reino Unido, mas houve uma desistência em prol de um pedido posterior. Os ministros que votaram favoravelmente alegam que o primeiro depósito no exterior é o que vale, não o segundo. A patente protege a comercialização exclusiva de uma invenção pelo prazo de 20 anos.

Após o resultado, a Pfizer enviou comunicado para esclarecer que "respeitosamente discorda da decisão do Tribunal", mas que só irá se manifestar após tomar conhecimento do inteiro teor da decisão.

"A companhia defende o prazo da validade da patente como forma de garantir o retorno do investimento realizado para o desenvolvimento do produto em questão e de outros em estudo, que culminam em novos medicamentos no futuro. Essa garantia de retorno ao investimento feito na pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos é o que possibilita a inovação contínua", informa o texto. A empresa ainda pode recorrer da decisão, segundo o STJ.

Remédios que geraram mais faturamento em 2009
Fonte: IMS Health
01. Dorflex
02. Cialis
03. Lipitor
04. Neosaldina
05. Crestor
06. Viagra
07. Diovan HCT
08. Tylenol
09. Lexapro
10. Nexium
11. Diovan
12. Yasmin
13. Puran T4
14. Rivotril
15. Diane 35
16. Hipoglos NF
17. Benegrip
18. Diovan Amlo Fix
19. Synthroid
20. Omeprazol MG

Segundo dados apresentados pelo Inpi no julgamento, o genérico reduz o preço dos medicamentos de 35% a 50%. Atualmente, uma cartela com dois comprimidos de 50 mg de Viagra tem o Preço Máximo ao Consumidor (PMC, teto permitido pelo governo) de R$ 66,76. Já a cartela de dois comprimidos de 20 mg do Cialis tem o PMC de R$ 80,08.

Vale destacar que, na prática, o preço dos remédios depende da política de descontos dos fabricantes e das redes de farmácias.

Em uma drogaria de São Paulo consultada pelo UOL Ciência e Saúde, os dois comprimidos de Viagra eram vendidos por R$ 58,08 e os do Cialis, por R$ 58,45.

Pioneiro
Há 12 anos no mercado, o Viagra é o primeiro medicamento aprovado para o tratamento da disfunção erétil. Seu mecanismo é o bloqueio da enzima fosfodiesterase do tipo 5 (PDE5), envolvida no processo de ereção.

Estima-se que a disfunção erétil afete entre 48% e 52% dos homens de 40 a 70 anos. Cada vez mais, porém, medicamentos como o Viagra têm sido utilizados por jovens, com ou sem acompanhamento médico.

Depois do sucesso estrondoso do remédio, outros concorrentes surgiram no mercado, como o Cialis, do laboratório Eli Lilly. Com a promessa de um efeito mais duradouro, o remédio ultrapassou o Viagra no mercado brasileiro em 2007, segundo dados da IMS Health, consultoria internacional em marketing farmacêutico. No ano passado, continuava na liderança. As drogas contra disfunção erétil movimentaram mais de R$ 500 milhões em 2009.

No ranking geral medicamentos (de todas as categorias, não apenas disfunção erétil) que geraram maior faturamento em 2009, segundo a IMS Health, o Cialis está em segundo lugar e o Viagra, em sexto.

Contra a Correnteza: Deputada Cidinha Campos e os canalhas da ALERJ

Contra a Correnteza: Deputada Cidinha Campos e os canalhas da ALERJ

A deputada Cidinha Campos faz discurso corajoso contra colegas corruptos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Não deixam de assistir...Não percam...Acessem o link!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Feliz Aniversário Amanda!









Amanda, parabéns!!!

Deus e os anjos estão te olhando e iluminando...Sua luz brilha e irradia!!!




quinta-feira, 22 de abril de 2010

Formação e desenvolvimento de Equipes de Alto Desempenho


Você sabe cuidar de sua equipe?

Então, quer entender como funciona uma equipe?
Venha participar deste curso na região de Campinas-Amparo-Jaguariuna-Itatiba!

CURSO : FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO
INSCRIÇOES ABERTAS: (Apenas 22 vagas por turma)

OBJETIVO DO CURSO:
Capacitar os participantes do curso em habilidades comportamentais para que estes desenvolvam suas atividades de líderes de equipes, incentivando e incrementando mudanças pessoais para o desenvolvimento e fortalecimento de Equipes de Alto Desempenho.

APRENDIZAGEM
Ao concluir o curso, o participante deverá estar preparado para:
• Avaliar a importância do trabalho em equipe no contexto e ambiente corporativo
• Identificar a importância do indivíduo nas equipes de trabalho;
• Agregar os membros de uma equipe aos objetivos e metas comuns;
• Pontuar as principais características para uma equipe de alto desempenho;
• Saber qual é o papel do líder à frente de uma equipe;
• Desenvolver um projeto para a equipe alcançar as metas e objetivos definidos pela empresa;


PÚBLICO-ALVO:
Profissionais, Empresários, Empreendedores, Gerentes, Líderes, Supervisores e para todo e qualquer profissional que esteja se preparando para liderar ou assumir uma equipe e assim se desenvolver profissionalmente como gestor e líder de uma equipe.
Profissionais de Recursos Humanos, Área de Vendas e Atendimento ao Cliente, Financeira, Jurídica, Contábil, Produção e ou de toda e qualquer área da empresa que desenvolva suas atividades sob a forma de equipe.
Consultores e Instrutores de Capacitação e Desenvolvimento profissional.


PROGRAMA DO CURSO:
• Princípios e fundamentos do desenvolvimento do trabalho em equipes
• Estágios do desenvolvimento de uma equipe de Alto Desempenho
• Estilos de Lideranças
• Fatores que influenciam no contexto da equipe
• Crenças, Valores, Missão, Metas, Objetivos, Definição de Objetivos
• O papel de cada membro para a equipe
• Estilos comportamentais individuais, Respeito, Empatia, Saber Ouvir e outras
• Comunicação eficiente entre os membros da equipe
• Colaboração mútua
• Negociação e administração de conflitos
• Auto-Estima e Assertividade
• Como fornecer e acolher bem o feed back
• A influência da cultura organizacional nos objetivos da equipe
Missão, Visão e Valores da organização



Moderador e Consultor Organizacional: JOSÉ CARLOS COELHO

- Administrador de Empresas graduado pela Universidade Santana.
- Administração Financeira certificado pela ESAN Escola Superior de Administração de Negócios
- Administração de Pequenas e Médias Empresas certificado pela IOB
- Técnico em Química Industrial graduado pela Escola de Química Mário de Andrade
- Coach consultor pessoal certificado pela Soc. Bras. de Coaching.
- Coach de Identidade certificado por Robert Dilts
- Practitioner em Programação Neurolinguistica, certificado pela Actius.
- Master PNL Bussines, certificado pelo Metaforum 2010
- Experiencia corporativa de 30 anos na capacitação, desenvolvimento e liderança de equipes de vendas do segmento farmaceutico; Pfizer, Sanofi-Aventis, Biossintética e Farmasa
- Atualmente exerce as funções de Coach para metas, objetivos e relacionamentos pessoais e profissionais, Mentor para desenvolvimento de Líderes e Gestores de Equipes de Vendas e Promoção.

“LOCAL: NÚCLEO DE TERAPIAS INTEGRADAS & DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL HUMANO”
Rua Visconde de Soutello, 38 AMPARO / SP (próximo da D. Paschoal)


INSCRIÇOES ABERTAS:
DATA: 19 E 20 DE JUNHO
HORÁRIO: DAS 9:00 ÁS 18:00HS ( SÁBADO)
DAS 9:00 ÁS 17:00HS (DOMINGO)
INFORME-SE: 19- 38084081 – nucleodph@uol.com.br ( Flavia)
19 - 91573130 – 38086676 ( Roseli )

Como vencer a pobreza e a desigualdade

"Como Vencer a Pobreza e a desigualdade"

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ


'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"O Espetáculo do Crescimento"

“Lulinha”, o grande empreendedor da família do presidente.

Circula na internet material que destaca o potencial empreendedor do filho do presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.
Há cinco anos, ele era subempregado do zoológico de São Paulo, onde recebia salário de R$ 1.500,00. Hoje, o filho de Lula é o feliz proprietário da Fazenda Fortaleza, em Valparaíso, em São Paulo, e que está certificada em cartório de registro de imóveis.
Lulinha comprou a área (de porteira fechada) – às margens da rodovia Marechal Rondon, de propriedade de José Carlos Prata Cunha (um dos maiores produtores de boi Nelore do País) –, por R$ 47 milhões. Para juntar todo esse dinheiro, Lulinha teria que trabalhar 2.612 anos para comprar a fazenda.
Aliás, o “empreendedor” não ficou na aquisição dessa fazenda. No Pará, nas regiões de Redenção, Marabá e Carajás, Lulinha comprou várias fazendas, pagando por elas mais de R$ 100 milhões. Neste negócio, são seus sócios, Duda Mendonça e Daniel Dantas.
O interessante é que os “dons fenomenais” de Lulinha só apareceram depois que o pai chegou ao Palácio do Planalto. Vai ver seja esse o tão anunciado “espetáculo do crescimento”, que seu pai, o presidente Lula tanto fala.

Vem aí a super farmacêutica?

Vem aí a super farmacêutica? (Istoé Dinheiro)
Sáb, 03 de Abril de 2010 00:00

- Os executivos da empresa farmacêutica Aché não têm encontrado muito tempo para sair da empresa. E não é por falta de vontade. É que, desde o início do ano, o comando da companhia vem recebendo constantes visitas de representantes de bancos, fundos de investimentos estrangeiros e nacionais, e até de empresários concorrentes.

Todos interessados em participar de uma futura – mas não tardia – abertura de capital da empresa. “Estudamos todas as possibilidades de crescer, seja com compra ou fusão, para lançarmos nossos papéis na bolsa até março de 2011”, disse José Ricardo Mendes da Silva, presidente da companhia, com exclusividade à DINHEIRO.

De todas as visitas que ele tem recebido, entretanto, uma tem chamado a atenção: a de diretores do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo, como o mercado especula há tempos, é fomentar uma possível fusão do Aché com outros laboratórios nacionais e, assim, formar uma gigante brasileira na área farmacêutica.

“Seria a junção de laboratórios do Brasil com interesses comuns. A iniciativa de procurar uma parceira está sendo nossa”, comenta Mendes da Silva. “O BNDES será o padre e, como em todo casamento, ele não decide. Apenas abençoa.” É a primeira vez que um alto dirigente de uma grande empresa do setor admite que está conversando com o banco do governo.

O plano da companhia, que faturou R$ 2,1 bilhões em 2009, é usar parte dos R$ 400 milhões que possui em caixa para adquirir empresas médias do setor com receitas em torno de R$ 100 milhões. E, claro, que possuam um port-fólio de remédios complementares aos que a Aché dispõe hoje.

“A ideia é fortalecer a musculatura financeira da empresa e fazer com que os investidores cheguem ao preço justo de nossas ações na hora de um IPO”, diz Mendes da Silva. O BNDES prefere não comentar as afirmações do comandante do Aché, mas seus representantes confirmaram recentemente que pretendem criar um grande grupo nacional por meio de participação acionária do banco ou de injeção de capital em fusões ou aquisições. Não é a primeira vez que o banco estatal faz um movimento como esse.

A instituição foi, por exemplo, a principal incentivadora da criação da supertele Oi, resultado da união da Brasil Telecom com a Telemar, e também da empresa de alimentos Brasil Foods, fruto da junção de Sadia e Perdigão. “A criação de uma gigante do setor farmacêutico seria benéfica para o País, que teria uma indústria forte, com condições de investir mais em inovação e importar menos remédios”, afirma Mendes da Silva. “Há sim pontos positivos, mas não impositivos. Especular o assunto dá a impressão de que o BNDES está forçando uma possível fusão, coisa que não acontece”, desconversa.

As empresas que são vistas como possíveis parceiras da Aché em uma futura fusão seriam a BioLab, a EMS, a Cristália ou a Eurofarma . Analistas apontam, contudo, que a noiva ideal para o casamento do Aché seria a Eurofarma. “Todas as companhias nacionais, com exceção da Aché, têm gestão familiar, o que poderia atrapalhar nas negociações”, comenta Bruno Savio Nogueira, analista do setor farmacêutico da Lafis Consultoria.

“De todas, a Eurofarma é a mais profissionalizada, embora seu controle seja familiar. Além disso, é uma empresa forte em genéricos e tem estratégias comerciais semelhantes às da Aché.” A Eurofarma, por sua vez, descarta a possibilidade de fusão com qualquer concorrente. “Nosso foco é adquirir empresas menores em países da América Latina para liderar o mercado nessa região até 2015”, diz Maria Del Pilar Muñoz, diretora de novos negócios da Eurofarma. “A possibilidade de fazer parte de uma megafarmacêutica nacional é interessante, mas não é o caminho que queremos seguir no momento.”

Juntas, Eurofarma e Aché faturariam cerca de R$ 3,3 bilhões, valor um pouco menor do que a concorrente francesa Sanofi-Aventis, que atingiu a marca de R$ 3,4 bilhões de receita depois de comprar o laboratório Medley, em abril de 2009, por R$ 1,5 bilhão. “Para concorrer com os estrangeiros, algumas empresas nacionais teriam de se unir, pois é preciso muito dinheiro para bancar os investimentos na área”, explica Marcello Albuquerque, diretor de linha de negócios da consultoria IMS Health.

O setor farmacêutico é um dos que mais demanda capital. De acordo com Nogueira, da Lafis, o investimento médio na criação de um novo medicamento é de US$ 800 milhões, desde a descoberta da molécula até o produto final que chega ao consumidor. Ao criar uma megacompanhia, o governo também vislumbra a possibilidade de importar menos medicamentos e, assim, diminuir seus custos. “O déficit da balança comercial gerada pelo setor de saúde é de US$ 7 bilhões e a intenção é encontrar maneiras de reduzir esse número para US$ 4 bilhões nos próximos anos”, diz Nogueira.

Outro ponto positivo da criação de uma gigante é ter uma empresa nacional competitiva no Exterior e não deixar o fornecimento apenas nas mãos dos estrangeiros. O mais forte indício de que o grande laboratório nacional pode surgir ainda neste ano vem da movimentação do mercado farmacêutico no mundo. Atualmente o segmento passa por uma fase definida pelos analistas como “penhasco das patentes”. Isso porque, nos próximos três anos, uma série de patentes será quebrada, o que beneficiaria os fabricantes de medicamentos genéricos.

“Essas empresas, localizadas em países emergentes como o Brasil, são alvo de compra das gigantes estrangeiras”, afirma Ricardo Mendes, especialista da Prospectiva Consultoria Estratégica. “Isso explica a preocupação do BNDES de manter as empresas nacionalizadas por meio de ajudas financeiras de vários tipos.”

sábado, 17 de abril de 2010

Laboratório Teuto desperta interesse de, pelo menos, três indústrias farmacêuticas

Da Redação

A Teuto não desperta só o interesse da Pfizer. Pelo menos outros dois laboratórios participam da mesa de negociações. A britânica GlaxoSmithKline é um deles. A empresa tem se esforçado para entrar na área de genéricos no País, um segmento que cresce 23%, contra 14% do mercado de medicamentos em geral. No ano passado, a multinacional sondou, sem sucesso, a brasileira Aché com a intenção de uma aquisição. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Glaxo afirmou que "está sempre aberta a oportunidades de negócios" e que "tem conversado, sim, com várias empresas".

A Aché também está na disputa pela indústria goiana. Nesse caso, os atrativos da Teuto são um grupo de cerca de 100 registros de moléculas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - nesse grupo, algumas devem vingar e se tornar medicamentos nos próximos anos - e o modelo de distribuição pulverizado entre pequenas farmácias de bairro. Procurado, o laboratório Aché informou que "está sempre atento a oportunidades de mercado".

A disputa pela Teuto é um símbolo do atual momento de euforia do setor farmacêutico, em que as estrangeiras querem aumentar sua presença no País e as nacionais, fortalecidas na última década com o crescimento dos genéricos, defendem-se desse avanço.

"Com a crise financeira, os maiores mercados de medicamentos do mundo estão estagnados", afirma o presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo), Omilton Visconde Jr. "O aumento do consumo fez com que as oportunidades de crescimento se concentrassem no BRIC. E o Brasil, por ter uma regulação sanitária e uma lei de patentes mais sofisticadas, é o mais atrativo."

Segundo a consultoria IMS Health, no ano que vem, o mercado farmacêutico brasileiro vai ultrapassar o da Inglaterra, enquanto os chineses comprarão mais remédios que franceses e alemães. Trata-se de uma inversão na lógica dessa indústria, em que os países em desenvolvimento sempre ocuparam uma posição marginal.

Hoje, o grupo das 15 maiores farmacêuticas do mundo - incluindo Pfizer, Merck e Eli Lilly - tem menos de 10% de suas vendas originadas em países emergentes. Se quiserem crescer, porém, as empresas terão que revisar sua estratégia. Em 2013, o grupo de 17 países emergentes deve trazer vendas adicionais de US$ 90 bilhões - ou metade do crescimento do setor.


SANOFI-AVENTIS

A compra da Medley pela francesa Sanofi-Aventis, há um ano, foi emblemática. O laboratório de Campinas foi alvo de interesse de fundos de investimento, como o Advent, laboratórios locais como o Aché, e multinacionais como a Teva. A Sanofi saiu vencedora depois de pagar R$ 1,5 bilhão. "Para a Sanofi, o Brasil é estratégico. Emergente é pouco", afirma o presidente da filial brasileira do grupo, Heraldo Marchezini. O mercado brasileiro é o sétimo maior do mundo para a Sanofi-Aventis e deve subir mais duas posições até 2011. O País abriga o segundo maior parque fabril da empresa fora da sede, na França.

O interesse das estrangeiras pelo mercado tem levado a uma escalada de preços dos laboratórios. A italiana Zambon, por exemplo, pretende comprar uma empresa com faturamento de aproximadamente 150 milhões de reais. "O problema é que os preços estão fora da realidade", diz Wilson Borges, presidente do laboratório no Brasil.


EUROFARMA

Diante desse cenário, a Eurofarma, um dos grandes laboratórios nacionais, decidiu fazer aquisições fora do País (apesar do assédio, a empresa não aceita a posição de alvo). Em meados do ano passado, a farmacêutica adquiriu a argentina Quesada, uma empresa de pequeno porte. Seus próximos destinos são países como Uruguai, México, Colômbia e Peru. "Queremos replicar nosso modelo na América Latina", diz Maurizio Billi, presidente da Eurofarma. No mercado interno, a Eurofarma espera crescer sem aquisições.

As fabricantes brasileiras de genéricos veem o fim de importantes patentes - 18 moléculas estarão liberadas para cópia até 2017 - como um acelerador de crescimento. Se a operação atual da brasileira Aché não crescesse nada, sua receita aumentaria em 40% até 2014 apenas com a venda de novos produtos livres de patentes.

É exatamente esse cenário que dificulta a consolidação entre os grandes laboratórios brasileiros. "A remuneração do capital dos acionistas do Aché é melhor que o seu rendimento no mercado financeiro. Por que eles iriam pensar em vender?", diz José Ricardo Mendes da Silva, presidente do Aché, um dos líderes do mercado.

Soma-se a esse mais dois empecilhos: os principais laboratórios nacionais têm controle familiar e os portfolios de muitos deles são parecidos. "Os negócios passíveis de acontecer são aquisições de empresas médias, com faturamento entre R$ 100 e R$ 500 milhões. Há mais ou menos vinte interessantes", diz Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal.


HYPERMARCAS

Hoje, o único catalizador para uma aproximação entre as maiores empresas nacionais é a disparada da Hypermarcas. "Os empresários ficaram incomodados com a aquisição da Neo Química, e começaram a estudar a possibilidade de uma fusão para fazer frente à Hypermarcas", diz um executivo do setor. "Resta saber quem cederá. Quem será a Casas Bahia e quem será o Pão de Açúcar." Até que o impasse se resolva, a negociação da Teuto deve continuar causando frisson.


Fonte: O Estado de S. Paulo

ANVISA se prepara para genéricos de Viagra

Anvisa está pronta para receber pedidos de genérico do Viagra

Da Redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui equipes prontas para o registro de genéricos e similares do Viagra, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pelo fim da patente do medicamento, segundo informou o diretor-presidente do órgão, Dirceu Raposo de Mello. "Vamos prontamente fazer a análise, porque é de interesse do País que a gente tenha concorrência no mercado para queda de preço".

O julgamento no STF começou no dia 24 de março e deve ser retomado no decorrer deste mês. Se a Corte aceitar o recurso do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o prazo de proteção termina em junho deste ano e não mais em junho de 2011, como defende a fabricante do medicamento.

De acordo com a Agência, o reconhecimento pela Justiça de que a patente se encerra ainda este ano vai fazer com que os preços do produto e dos tratamentos que usam o Viagra caiam. Depois de visita recente à Argentina - que não reconhece a patente do medicamento -, o diretor-presidente da Anvisa comentou que um comprimido genérico ou de marca similar no país vizinho custa em torno de R$ 2 enquanto o comprimido do Viagra, no Brasil, chega a custar R$ 30. "O fim da patente teria um peso grande até porque é um produto campeão de vendas", disse.


Fonte: JB Online

O rastreamento de remédios

O rastreamento de remédios
02 de abril de 2010 | 0h 00
O Estado de S.Paulo

O sistema que permitiu o registro de abusos na prescrição de moderadores de apetite e a identificação de médicos que mais prescreveram esses medicamentos, e por isso serão investigados pelo Conselho Federal de Medicina, será estendido para todos os remédios. A partir de 2011, cada uma dos mais de 2 bilhões de caixas de remédios que o País consome anualmente terá de conter informações sobre fabricante, distribuidor, data de fabricação, prazo de validade, entre outras. Pelo menos é o que prevê a legislação que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. Mas o questionamento feito por fabricantes a decisões tomadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está retardando a conclusão da primeira etapa do Sistema.


Chamada de identificador único de medicamento, a marca a ser afixada em cada caixinha será uma espécie de cédula de identidade do produto, por meio da qual se poderá rastrear toda a cadeia de produção, da fábrica até a venda ao consumidor, o que permitirá um combate mais eficaz às falsificações e aos roubos e dará às autoridades um instrumento mais efetivo para a retirada de medicamentos do mercado, quando for o caso.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, o comércio ilegal de remédios movimenta até R$ 8 bilhões por ano no Brasil. A Anvisa, em parceria com as Polícias Federal e Rodoviária Federal, vem combatendo esse comércio e, nos dez primeiros meses de 2009, apreendeu 329 toneladas de medicamentos sem registro, falsificados, contrabandeados ou vencidos.

Se funcionar do modo como imaginam as autoridades, o Sistema dará mais garantias ao consumidor e evitará fraudes e crimes envolvendo remédios, além de auxiliar a logística das empresas fabricantes, distribuidoras e comercializadoras de medicamentos.

Criado por lei em janeiro de 2009, o Sistema deve ser colocado em prática em três anos, e algumas de suas etapas já deveriam estar concluídas. Desde janeiro, as embalagens deveriam conter selo com identificação dos fabricantes, distribuidores ou importadores, mas só dois dias antes do prazo final para isso a Anvisa publicou decisões essenciais sobre o processo que deverá ser adotado. Agora, as empresas farmacêuticas questionam as decisões.

Em novembro, a Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou resolução definindo a tecnologia que será adotada na identificação dos medicamentos. Optou-se pelo selo, semelhante ao utilizado em bebidas alcoólicas e em maços de cigarros. Em janeiro, por meio de instrução normativa destinada a regulamentar a resolução, a Anvisa decidiu que incumbirá à Casa da Moeda a produção e o controle de distribuição das etiquetas autoadesivas de segurança para o Sistema de Rastreamento de Medicamentos. Caberá também à Casa da Moeda decidir sobre a tecnologia de captura e transmissão de dados, bem como sobre as especificações das etiquetas.

O Ministério da Saúde definiu, entre as exigências para o sistema de identificação de medicamentos, o baixo custo, capacidade de reposição de equipamentos, a reduzida possibilidade de fraude e a facilidade de identificação pelo consumidor. A indústria argumenta que a decisão da Anvisa desrespeita pelo menos alguns desses critérios. Um sistema alternativo, o código de barras impresso na embalagem, conteria as informações exigidas pela legislação, custaria muito menos para a indústria ? cerca de R$ 40 milhões por ano, contra R$ 300 milhões do selo, de acordo com o presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Antônio Britto ? e ofereceria maior segurança contra fraudes.

A indústria adverte para o fato de que no País há apenas um fornecedor da matéria-prima para a fabricação do selo, o que deixa a Casa da Moeda dependente dele. Por fim, contesta o poder excessivo dado à Casa da Moeda na gestão das informações e sugere a criação de uma empresa específica para administrar o banco de dados que se constituirá com o rastreamento.

São argumentos que devem ser levados em consideração.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Qualificação de Insumos Farmacêuticos

Qualificação de Insumos Farmacêuticos
Dárcio Calligaris

Definimos medicamentos como toda especialidade farmacêutica que contém um fármaco ou mistura de fármacos, utilizado para prevenir ou diagnosticar uma doença, aliviar sintomas, corrigir, modificar ou restabelecer as funções orgânicas alteradas.
Medicamentos são também produtos comerciais com características únicas que se diferenciam dos demais bens de consumo, por possuírem uma atividade farmacológica potente. Além do efeito terapêutico, podem causar danos ou reações graves irreversíveis, e até a morte, quando o produto, prescrição ou administração forem defeituosos. Sendo os medicamentos produtos críticos à saúde, as indústrias farmacêuticas devem garantir que cada medicamento atue no paciente de forma segura, eficaz e aceitável. Para isto existem políticas, práticas estabelecidas e dirigidas para assegurar e garantir a qualidade dos medicamentos.
A preocupação com a qualidade dos medicamentos é antiga, o avanço tecnológico, a implantação de sistemas de qualidade, a NBR ISO 9001-2000, a Boas Práticas de Fabricação na indústria farmacêutica (BPF) e as resoluções publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde do Brasil nos últimos anos, dinamizaram a Indústria farmacêutica brasileira, resultando em uma evolução no âmbito social, pois coloca produtos de qualidade, eficácia e segurança disponíveis a uma grande faixa da população brasileira.
O avanço tecnológico nos últimos anos é notável, assim como a competitividade no mercado e percebe-se que a indústria farmacêutica está implantando procedimentos de fabricação totalmente automatizados onde as matérias-primas são combinadas por diferentes processos, adaptados as características de cada matéria-prima não necessitando a intervenção do homem (operador) nas operações unitárias.
Nestes processos automatizados é de extrema importância que as matérias-primas apresentam sempre a cada fornecimento as mesmas características físico-químicas e microbiológicas, para que não ocorra interrupção dos processos automatizados e que o produto saia sempre com a qualidade desenhada no desenvolvimento.
Na otimização dos processos industriais, a diminuição de custos exige da indústria farmacêutica no Brasil uma crescente adoção de procedimentos corretos e eficientes. O programa de validação tornou-se conhecido por todos os profissionais das indústrias farmacêuticas e é a alavanca para o crescimento industrial farmacêutico.
Validação é um conceito fundamental das Boas Práticas de Fabricação, e para qualquer programa de Garantia de Qualidade, é definida como: “o meio de acumular todas as evidência que justifiquem de forma segura e completa a eficácia de um processo”, ou seja, comprovar que os procedimentos, máquinas e equipamentos, qualidade de matérias-primas e materiais de embalagem, recursos físicos e humanos, tenham sido desenhados e ou escolhidos apropriadamente, e que mantenham inalterado o grau de qualidade de lote a lote, de unidade a unidade da forma farmacêutica. A validação de um processo requer a qualificação, realização de ensaios para determinar se um componente de um processo de fabricação apresenta os atributos para obter a qualidade especificada do produto, de cada um de seus componentes mais importantes.
Alguns dos componentes freqüentemente considerados em um estudo de validação para um processo industrial farmacêutico são:

• Desenho do produto;
• Qualidade dos insumos farmacêuticos (especificação de matéria-prima e material de embalagem);
• Instalações;
• Sistemas de apoio crítico (ar, água, vapor);
• Máquinas e equipamentos;
• Calibração de instrumentos;
• Recursos humanos.
Se algum dos componentes acima apresentar variações continuamente teremos situações distintas em cada lote do medicamento fabricado, e, portanto, para cada lote obteremos um produto com características diferentes (físico-químico e microbiológicas) chegando até alterar a biodisponibilidade do produto farmacêutico, colocando em risco sua qualidade, eficácia e segurança. A qualificação separada de cada componente é necessária para fixar os parâmetros que conduzem a uma qualidade uniforme de lote para lote.
Como vimos, o tema que iremos tratar, que é a qualificação de fabricantes de matérias-primas e materiais de embalagem, é muito importante para a validação do processo industrial e do produto farmacêutico. Para melhor entendimento vamos chamar de qualificação de fabricantes de matérias-primas e materiais de embalagem como qualificação de insumos farmacêuticos. Vamos utilizar a denominação fabricante para quem fabrica o insumo, e fornecedor para aquele que representa o fabricante, podendo ser homologado ou não.
A qualificação de fabricantes de insumos farmacêuticos é um dos requisitos das Boas Praticas de Fabricação (BPF), e faz parte da Resolução RDC nº 210/03 da ANVISA. Seu cumprimento é obrigatório pela legislação vigente e também é uma necessidade do mercado farmacêutico. “Todos os fabricantes de medicamentos devem possuir um cadastro de fornecedores qualificados”. Seu cumprimento é obrigatório pela legislação vigente e também é uma necessidade do mercado farmacêutico.
Existe toda uma metodologia para a qualificação de fabricantes. Em resumo a qualificação de insumos farmacêuticos compreende quatro passos.

1º passo: A identificação de fabricantes de sua confiabilidade.

2º passo: Conhecer o sistema de qualidade do fabricante por meio de carta explicativa sobre as intenções de qualificar o fabricante, solicitando:
a) Avaliação do sistema de qualidade - solicitar o programa do sistema de qualidade implementado pelo fabricante e o envio de documentações relacionadas com a fabricação e controle de qualidade do insumo (ex.: drug master file, cuidados com o meio ambiente etc.);
b) Manual de qualificação do fabricante, acompanhado de um questionário de avaliação para ser respondido;
c) Critérios de pontuação e avaliação;
d) Solicitação de amostras de 3 lotes diferentes do insumo que se quer qualificar, acompanhado da especificação, metodologias analíticas utilizadas pelo fabricante e os resultados analíticos das três amostras enviadas; As documentações solicitadas assim como o questionário respondido devem retornar ao solicitante para avaliação, dentro de um prazo negociado entre as partes.

3º Passo: Avaliação. Cada resposta do questionário terá uma avaliação de acordo com sua criticidade e risco que pode causar ao produto farmacêutico.
Existem diversas formas de avaliar o fabricante, normalmente é utilizado um critério para pontuar cada resposta, aconselhamos utilizarem o bom senso para a escolha do melhor critério para a sua empresa, ou consultar outras indústrias que já qualificam.
As documentações enviadas devem ser minuciosamente analisadas e quaisquer dúvidas devem ser esclarecidas imediatamente com o fabricante, negociando uma data para a resposta. A veracidade das informações recebidas serão efetivamente comprovadas por meio de uma auditoria nas instalações do fabricante, que corresponde à etapa final deste programa.
Também deve ser realizada uma avaliação de amostras, avaliação exaustiva do insumo, desafiando-o para cumprir as especificações de compêndios oficiais ou de desenvolvimento interno de sua empresa, e também as enviadas pelo fabricante.

4° Passo: Avaliação de desempenho. Deve ser realizada periodicamente, a freqüência da avaliação de desempenho deve ser determinada pela empresa pela forma que lhe dê mais segurança. Cada fabricante é avaliado em termos de qualidade total considerando os indicadores de desempenho.
• Indicador de qualidade (IQ) - baseado nas informações dadas pelo fabricante, na resposta dos questionários e documentações apresentadas, inspeção nas instalações do fabricante, acompanhamento de suas entregas, considerando aprovações, reprovações, desempenho em produção, não conformidades;
• Indicador de serviços (IS) - qualidade na entrega, rapidez no atendimento, capacidade para solucionar problemas, iniciativa, disponibilidade, acompanhamento. Acompanhamento do fabricante sobre o nível de satisfação do cliente, que não existe ainda no Brasil, estabilidade financeira, trabalhista.
• Indicador de preços (IP) - considerar a média dos preços em um período, comparando com índices econômicos; prazo de pagamento, avaliação do prazo médio para pagamento com os pedidos colocados; encargos financeiros, comparar os praticados pelo fabricante com os de sua empresa. Finalmente é escolhido o melhor fabricante de insumo pelo que tem a melhor pontuação (média dos indicadores) obtida na avaliação de desempenho, sendo fornecido certificado de qualificação para o fabricante, por tempo determinado. Para motivar todos os fabricantes qualificados ou não, fica a critério da empresa promover uma cerimônia para entrega dos certificados. Nas indústrias farmacêuticas, os insumos farmacêuticos, principalmente as matérias-primas com ação farmacológica, devem apresentar especificações bem definidas para não permitir que um lote de qualidade marginal esteja disponível a venda, ou que não apresente bom desempenho em produção.

Como especificar insumos farmacêuticos
Passos a serem seguidos para a escolha de especificações adequadas de insumos farmacêuticos:
Escolher a especificação mais rígida
Vantagens - método direto, simples, necessita da mínima experimentação;
Desvantagens - representa custos ou limita fornecedores.

Escolher especificações críticas

Passo 1 - Especificação rígida - Adotamos a especificação mais rígida para um determinado produto de um fabricante de insumo, utilizando especificações de compêndios oficiais, parâmetros de especificação que não constam em compêndios oficiais e são desenvolvidos internamente, pois a sua não conformidade afeta a qualidade e biodisponibilidade do produto ou seu desempenho em máquina de produção.
Muitas vezes a natureza do produto e sua finalidade requerem especificações especiais para os insumos farmacêuticos, por exemplo, tamanho individual das partículas para fármacos que serão comprimidos diretamente ou que tenham influência na dissolução ou biodisponibilidade, também, precauções especiais para fármacos com instabilidade química ou potencial de reatividade no caso de fármacos facilmente hidrolisáveis.

Passo 2 - Especificação moderadamente rígida - após a utilização da especificação mais rígida para um número significativo de lotes do produto do mesmo fabricante de insumo farmacêutico, retiramos da especificação itens que consideramos de pequeno risco para o desempenho do produto final.

Passo 3 - Especificação normal - após o insumo ser exaustivamente testado nos passos 1 e 2, podemos retirar outros itens da especificação de risco moderado. Este passo é vantajoso quando se conhece bem o insumo farmacêutico e o seu fabricante, como também os processos a que o insumo está sujeito. Para que uma validação tenha sucesso, a fórmula do produto e o processo de fabricação devem estar bem definidos, e quaisquer variações bem identificadas, assim como as especificações dos insumos que compõem a fórmula e seus limites também devem estar bem definidos.
Má definição de especificações de insumos é igual a validação improdutiva.
Deste ponto em diante vale uma reflexão de nossa parte. Com a globalização, muitos fabricantes de diferentes locais do planeta Terra fabricam o mesmo insumo, no caso fármacos e excipientes, com diferentes rotas de síntese e processos. Dependendo da rota de síntese utilizada por diferentes fabricantes, há um perfil de pureza para cada produto. Por exemplo, pode ter como impureza o chumbo que é tóxico, outras impurezas que podem ser cancerígenas ou causarem efeitos colaterais de diferentes graus e impurezas que alteram a cor do produto, o degradando durante o tempo etc., sendo que a farmacopéias existentes não fazem referência. Maiores teores dessas impurezas são típicos de produtos provenientes de um processo de purificação deficiente ou que talvez nem ocorreu.
A inexistência de exigências em compêndios oficiais (USP, BP, EP, Farm. Bras. etc.), obrigam as indústrias farmacêuticas a esforços adicionais para controlar e limitar a presença dessas impurezas no produto final. Muitas vezes também se faz necessário utilizar especificações microbiológicas adicionais.
Analisando e comparando as especificações de diferentes farmacopéias verificamos que a densidade aparente, a granulometria, o tipo cristalino, formas polimórficas não fazem parte das especificações, e como sabemos estes itens tem muita importância na dissolução, biodisponibilidade e produtividade das máquinas utilizadas nos processos industriais. As chances de adquirir materiais que apresentam problemas de compressibilidade são altas e qualquer variação entre os lotes do mesmo fármaco ou excipientes podem representar um desequilíbrio na formulação do produto.
Caso isto ocorra, teremos problemas na fabricação do produto, sendo necessário, reprocessar o lote do medicamento, causando prejuízos à indústria, além de resultar em um produto de qualidade marginal, podendo afetar a biodisponibilidade do medicamento, trazendo riscos de qualidade, segurança e eficácia, desgastando a imagem institucional da empresa.
Concluindo, é impossível ter um produto ou processo validado quando se utiliza insumos de fabricantes diferentes, principalmente quando desconhecemos as suas rotas de síntese e a sua pureza. Torna-se fácil entender que se não qualificarmos o nosso fabricante, teremos muitos problemas acarretando prejuízos a indústria farmacêutica e também aos consumidores que nesse caso necessitam recuperar a saúde.
Nos Estados Unidos o insumo só pode entrar no país após aprovação do Food and Drug Administration (FDA). Na Europa, por meio do Conselho da Europa, o insumo só pode entrar no país após aprovação do órgão responsável pela vigilância sanitária da comunidade européia. No Brasil, infelizmente, estamos sujeitos a todo tipo de insumo procedente de diversos locais do planeta, o que exige das indústrias farmacêuticas do Brasil um esforço muito grande em procurar formas de evitar que insumos adquiridos possam causar desvios de qualidade.
A legislação em vigor no Brasil, que disciplina o registro de substâncias e autorização de funcionamento das empresas que se dedicam à atividade de produção de matérias-primas (fármacos, drogas, insumos ativos, insumos inertes, princípios ativos, farmoquímicos), é a Lei nº 6.390 de 1976 e o Decreto nº 79.094 de 1977, que a regulamentou.
A Lei nº 6.360 e o Decreto nº 79.094 determinam que as matérias-primas farmacêuticas sejam registradas junto ao Órgão do Ministério da Saúde, da mesma forma que os medicamentos correlatos, produtos de higiene, cosméticos, perfumes, saneantes domisanitários, entretanto, a implementação do disposto na legislação fica a cargo de Portarias e Resoluções de Órgãos do Ministério da Saúde, os quais liberam a exigência de registro das matérias-primas para todas as categorias de produtos.
Apesar da dispensa de registro de matérias-primas e insumos farmacêuticos, as empresas que produzem e distribuem essas substâncias aqui no Brasil têm que ser autorizadas a funcionar pela ANVISA, estando submetidas à fiscalização da Vigilância Sanitária, tanto municipal como estadual. É interessante, que as que produzem fora do Brasil não necessitam ser fiscalizadas.
Muitos países mesmo sendo produtores e distribuidores de insumos farmacêuticos, não possuem uma legislação específica, contribuindo com os problemas de qualidade a nível mundial, principalmente em países que não tem como controlar a entrada destes materiais. Em função da incompleta regulamentação, são utilizados pela indústria farmacêutica insumos ativos e inativos de origem variada encontradas no mercado, desde aqueles produzidos por empresas registradas em órgãos públicos com certificação internacional, ou qualificadas por fornecedores, e mesmo outras que são produzidas por empresas pertencentes a outros ramos de atividades. No campo da distribuição, a complexidade se amplia, incluindo nestas atividades os importadores que recebem substâncias de outros países, cuja rastreabilidade é praticamente impossível de ser feita.

A falta de padronização, mesmo de substâncias ativas muito conhecidas, gera problemas. Não é incomum encontrar-se limites de impureza diferentes em reputadas farmacopéias. Também não é incomum encontrar países que não têm farmacopéia, bem como outros que convivem com precária estrutura para a elaboração e atualização de farmacopéias, segundo

A Farmacopéia Brasileira deveria ser ágil e atuar como o Conselho da Europa, que elaborou em curto espaço de tempo uma farmacopéia invejável. Como sugestão, proponho aos componentes da Farmacopéia Brasileira ao invés de ter gasto tempo tentando inventar a roda, que façam acordos internacionais com a Europa e Estados Unidos, pensando até em traduzir estas farmacopéias internacionais, e isto pode ser gratuito. Desta forma teremos uma Farmacopéia Brasileira sempre atualizada, e assim saímos desta dificuldade que a indústria farmacêutica principalmente a nacional enfrenta.

Devido a todos estes fatos, a qualificação de fornecedores de insumos, principalmente de matérias-primas, se faz necessário para a indústria farmacêutica, e esta qualificação pode ser feita por meio da iniciativa e de critérios desenvolvidos pela indústria farmacêutica, baseado na Portaria 15/95 (revogada pela RDC 249 de 13/09/2005), na RDC 210/03 ou em consultas públicas referentes a farmoquímicos no site da ANVISA, manuais de entidades associativas como FEBRAFARMA/SINDUSFARMA, ou com ajuda de indústrias farmacêuticas que já utilizam a qualificação. O importante é começar, porém, lembre-se, invista em recursos humanos e físicos, não sobrecarregue seus funcionários, pois não conseguirão ter sucesso. Analise os resultados e verá que fez um bom investimento (a qualificação agrega custos, porém evita prejuízos).
Imagine como seria bom se existisse um banco de dados de fabricantes e fornecedores de insumos onde todos fossem registrados com seus respectivos insumos, indicando qual está certificado, qual está em péssimas condições de fornecimento e as suas respectivas matérias-primas aprovadas e rejeitadas e se possível descrevendo o motivo. Seria possível reduzir os custos de qualificação de fornecedores, que é fonte de agregação de custos sobre os medicamentos.
Devo lembrar que de acordo com a RDC nº58/00, agora RDC nº 186/04, se a indústria farmacêutica ou farmácia de manipulação detectar que um item da matéria-prima fornecida por um fabricante/fornecedor estiver fora da especificação, tal fato deve ser comunicado a ANVISA dentro de um prazo máximo de 48 horas após a detecção do desvio de qualidade, por meio do preenchimento do formulário de Notificação e Reprovação de Droga ou Insumo Farmacêutico.
A RDC nº 33 de 19 de abril de 2000, da ANVISA, exige que as matérias-primas adquiridas pelas farmácias de manipulação venham acompanhadas dos respectivos laudos de análise emitidos pelos fabricantes e fornecedores, e que a farmácia realize uma avaliação crítica destes laudos como parte de seu controle de qualidade.
Um trabalho publicado (Avaliação crítica de certificados de análise de matérias-primas para o setor magistral com base na RDC 133 - Migliato, K.F. Jr; Borini, G.B, Franchini, C.C., Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas vol. 37, supl. 2, 2001), relata que 17% dos laudos analíticos emitidos pelo distribuidor são uma fotocópia do laudo emitido pelo fabricante: 6% dos certificados analíticos que chegaram na farmácia estavam escritos em inglês.
A RDC 33 exige que os certificados sejam datados, assinados e com identificação e número de inscrição do Conselho Profissional do responsável técnico, porém 11% não tinham estes dados ou estes estavam incompletos. Apenas 40% dos laudos citavam uma ou mais fontes farmacopéicas, 8% dos laudos não citavam a origem da matéria-prima, apenas 22% das matérias-primas são de origem nacional, sendo que 70% são de países estrangeiros, principalmente China (17%) e Índia (16%).
Os resultados obtidos demonstraram a existência de certificados de análise que são uma fotocópia do original, escrito em inglês, com ausência de informações acerca da origem da matéria-prima, ausência de referências farmacopeicas ou de outras fontes oficialmente reconhecidas. Além disso, alguns fornecedores não estão cumprindo a legislação em vigor envolvendo a identificação do responsável técnico pelo certificado de análise.
Estas observações sugerem descaso por parte dos fornecedores em relação à garantia de qualidade das matérias-primas que comercializam. A falta de referências farmacopeicas sobre as normas e especificações empregadas no controle das matérias-primas dificulta a reanálise adequada por parte da farmácia.
Vantagens da qualificação
• Evitar devoluções, que acarretam atrasos e faltas do produto para o consumidor;
• Evitar não conformidades que podem ser detectadas, somente durante o processo produtivo pelo próprio consumidor, ficando exposto ao risco até o final de seu prazo de validade, que pode afetar a imagem institucional da empresa, além dos prejuízos financeiros;
• Permite a otimização dos processos industriais, por meio da validação de toda cadeia produtiva, sem insumos farmacêuticos qualificados é impossível validar os processos e conseqüentemente o produto;
• Tendo um fornecedor com qualidade assegurada, pode-se reduzir número de inspeções e análises;
• Cumpre a legislação vigente RDC 210/2003 e outras RDC referentes à farmoquímicos;
• Evitar problemas recorrentes a falhas como: atrasos na entrega, variações na qualidade do material, alterações no material sem comunicação prévia. Exemplo: laboratório comprava uma matéria-prima A do mesmo fabricante. Este, sem aviso prévio, alterou a granulometria. Como o laboratório não realizava o perfil granulométrico e o processo era por via úmida, nada foi detectado durante a produção. Com o passar do tempo o laboratório teve uma reclamação e o produto foi para análise fiscal e foi detectado que o produto apresentava baixa dissolução, caracterizada pelo ativo ser pouco solúvel e sensível a alterações superficiais de granulometria no caso apresentado. Os lotes foram rejeitados, retirados do mercado e incinerados;
• Não utilização de fontes de fornecimento com níveis de qualidade/desempenho diferentes para o mesmo material;
• O ganho real da indústria trabalhando com um fornecedor qualificado vai além de uma simples economia de custo de matéria-prima. A economia vai até áreas onde o custo fixo e variável são importantes para a empresa. Quando se trabalha com just-in-time, também representa uma economia;
• Diminui o custo de importação quando se trabalha com matérias-primas nacionais de boa qualidade e não variabilidade entre lotes tanto físico-químico ou microbiologicamente. A indústria farmoquímica nacional deve investir muito em qualidade para se tornar competitiva, a qualidade ainda está baixa, salvo algumas exceções. Em alguns casos, acordos internacionais a curto, médio e longo prazo também dão bons resultados;
• Permite a implantação de sistemas organizacionais como o Controle Estatístico de Processo (CEP), que é muito útil, pois existe pouca variação no processo quando se trabalha com fabricantes qualificados;
• Estabilidade no fornecimento do produto, que faz com que a imagem de sua empresa cresça no mercado, com clientes mais satisfeitos;
• Reduzir o número de fornecedores.
Tipos de fornecedores e grau de satisfação do cliente
Vamos classificar em baixo, mediano e alto o grau de satisfação do cliente.
1. Tradicional (participa de licitações, pregões, compras oportunistas): baixo.
2. Credenciados (ainda não qualificados): mediano.
3. Qualificados (verdadeiros parceiros): alto.
Para manter a qualidade e obter mais benefícios para a sua empresa, é importante:
• Utilizar insumos farmacêuticos de qualidade comprovada,
• Nunca priorizar o preço em detrimento da qualidade;
• Adquirir farmoquímicos de produtores devidamente habilitados pelos órgãos sanitários de seus países;
• Aprimorar, permanentemente, o controle de qualidade dos produtos farmoquímicos adquiridos;
• Dar preferência, em igualdade de condições, aos farmoquímicos produzidos no Brasil, reduzindo problemas decorrentes da importação e custos de armazenamento na sua empresa;
• Estar ciente de que, comprando farmoquímicos produzidos no País, a sua empresa terá possibilidade de obter especificações das matérias-primas mais condizentes com as suas necessidades de produção;
• Inserir a sua empresa dentro do esforço de aumentar a produção brasileira de farmoquímicos, reduzindo as importações, gerando mais empregos no País e promovendo o desenvolvimento tecnológico da nossa cadeia produtiva, sem ufanismo exagerado. (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica, 2005)
Nova RDC para estudar a problemática de fabricantes e fornecedores
A RDC nº 196 de 29/06/05, considera que é importante a necessidade de se assegurar a qualidade dos insumos farmacêuticos quanto à eficácia e ausência de efeitos indesejáveis. Há necessidade de regulamentar, quanto às Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento, as indústrias distribuidoras e fracionadoras de insumos farmacêuticos e existe a necessidade de capacitação constante de inspetores, visando o aperfeiçoamento e a uniformização dos procedimentos de inspeção. Além disso, cita que há necessidade de rastrear possíveis problemas e subsidiar ações de fiscalização.
Para atender esta RDC, a ANVISA instituiu um grupo de trabalho integrado por representantes de diversas áreas e entidades, com um prazo de 90 dias para avaliação e elaboração de Regulamento sobre Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos.
Entre as ferramentas que podem ser utilizadas para qualificação está a Portaria nº 15 de 4 de Abril de 1995 (agora RDC nº249 de 13/09/2005). Estas RDCs e consultas públicas consideram a necessidade de instituir como norma de inspeção das Unidades Federadas o Roteiro de Inspeção para a Indústria Farmoquímica.
A revisão da Portaria nº 15 veio promover a compatibilização com as Normas Internacionais de BPF da produção interna e importação/exportação de insumos farmacêuticos, a fim de garantir a qualidade, segurança e a rastreabilidade destes produtos quando da sua utilização nos processos de fabricação de medicamentos. Isso promove um grande avanço tecnológico nos farmoquímicos que são fabricados no Brasil ou que são importados, exigindo destes fabricantes uma qualidade que seja excelente, pois estamos tratando com a saúde.
A Resolução da Diretoria Colegiada, RDC nº35 de 25 de Fevereiro de 2003 considera que:
• Há necessidade de padronizar as ações da vigilância sanitária referentes aos insumos farmacêuticos a serem utilizados na fabricação de medicamentos;
• Há necessidade de garantir a rastreabilidade e subsidiar as ações da fiscalização de insumos farmacêuticos;
• Que os insumos farmacêuticos em sua grande maioria são provenientes de outros países;
• Que todo o segmento envolvido na distribuição e fracionamento é responsável solidário pela identidade, eficácia, qualidade e segurança dos insumos farmacêuticos.
A RDC nº 186 que revoga a RDC nº 58/2000, inclui alterações, entre as quais considero mais importante que na ausência de compêndios oficiais para drogas e insumos farmacêuticos, poderão ser adotadas as especificações do fabricante, baseadas no desenvolvimento de metodologia analítica específica. Vamos fixar em nossas mentes este conceito de Maria Luiza de Souza Rossi, que o fabricante de insumos farmacêuticos e os fornecedores são os especialistas potenciais do material que eles fornecem, portanto, os únicos com tecnologia e conhecimentos suficientes para garantir aos consumidores uma qualidade excelente, acima de qualquer expectativa, e uma assistência técnica permanente, enquanto fornecedor daquele material naquela empresa, e as empresas deveriam utilizar este benefício como parte de sua cadeia de processo, e ainda como fonte permanente do valor agregado ao produto.
Publicado na revista Fármacos & Medicamentos 46 (Maio/Junho 2007)
Atualizado em Qui, 18 de Fevereiro de 2010 15:56